quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Odé Akerãn





       





 Odé Akerãn

AKÚERAN ou AKERAN é um título de um determinado caçador, cujo o qual foi divinizado transformando-se em ODE AKERAN. Este “caçador ancestral” é o único reverenciado nos Ritos do ÌPADÉ cerimônia de caráter privado, no qual é denominado de ESA'KERAN. Alguns dos antigos dizem que este era o único caçador que fornecia “alimento” aos ÒRÌSÀ FUNFUN e que foi o primeiro a receber das mãos de OBÀTÁLÁ o ÌRÙKÈRÈ – símbolo dos sacerdotes e reis
A tradução do nome AKuerãn aparece de duas formas, primeiro como a união de Eku (rato) e erã (carne), ou seja, aquele que come rato, ou Oquê (montanha), erã (carne), aquele que traz a carne das montanhas. Eu sigo a segunda tradução.Aquerãn tem fundamento com Ogum e Exu, seu aspecto na natureza é representado pela mata ao pé de uma grande montanha, ou mesmo o cerrado.AKUERAN:  Um título que faz referência ao fato de se matar a caça, é o que faz todo caçador. Velho, come carne crua, culto realizado na madrugada. Tem fundamento com Oxumarè e Osónyín e Exu. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura, ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas OU Veste branco e azul e como a lenda cita, ele usa muitas peles grossas. Carrega o Ofá e o Eruquele suas contas são azul claro. Seus bichos são: papagaio e arara, tira-se as penas e solta-se o bicho. Senhor do couro dos animais grudados nas paredes das casas de ásé, representando que ali houve um sacrifício e que ali, houve alimento para a sociedade.
Aquerã e Ogum:
Diz a lenda, que Ogum Olodé (chefe dos caçadores), tinha um irmão que mais tarde seria  chamado Aquerã, e eram inseparáveis, contudo Ogum observava que seu irmão, era frágil e muito dependente. Ogum decidiu procurar Exú, famoso por fazer o certo virar errado, o errado virar certo, ele sabia que o senhor dos caminhos iria dar um conselho acertivo. E assim foi, Exu disse a Ogum que deveria levar Aquerã até a mata mais escura e deixá-lo sozinho, mas que além disso, limpasse os rastros que davam o caminho de volta e fazer falsos rastros para a subida da montanha, assim ele não voltaria tão cedo. Ogum ficou pasmo e perguntou a Exu, porque fazer tal maldade, então que Exu disse:
- O menino só irá crescer, se tiver que enfrentar os perigos sozinho, longe de você Ogum, a montanha ensinará  a ele como ser um grande caçador, acredite!
Ogum então seguiu o que Exu disse, e levou o irmão a uma caçada ao pé da montanha, e assim o deixou,  Aquerã sem saber o que estava acontecendo, ficou perdido, com medo, e teve que colocar em prática tudo que Ogum havia lhe ensinado,  a cada passo que subia a montanha o vento ficava mais gelado, e ele tinha que caçar animais que a pele fosse mais grossa, para que pudesse sobreviver, ao chegar ao alto da montanha Exu estava esperando, e então o jovem caçador perguntou:
- Porque Ogum fez isso comigo Exu? Porque me deixou sozinho?
- Ele não te deixou sozinho,  ele deixou você com tudo que ele te ensinou, você entrou na mata um menino e agora é um homem.
Akuerãn entendeu e de cima do monte viu sua tribo, e assim retornou, onde sentou ao lado de Ogum que lhe entregou o título de Olodé e Akuerãn reinou com chefe dos caçadores.
Aquerã é cheio de mistérios, em certos momentos, aparece também como o pescador de grandes peixes, seria ele quem teria guiado Yemanjá pelas matas quando ela fugia de Olofim e por isso ela teria dado a ele uma concha que refletia a maldade dos inimigos.
Veste branco e azul e como a lenda cita, ele usa muitas peles grossas. Carrega o Ofá e o Eruquele.Odé Akueram;ligado a ossãe.come bode,porco e gosta de fumo de rolo.





   






   


Odé Karê

Come com ÒSUN e ÒÒSÀÀLÀ. Usa azul e um BANTÉ dourado.Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.. É associado a pequenas caças e a grande pesca. Cultuado nas fontes de água.
Na África é cultuado nas matas do bairro Kare, próximo a Osogbô e aqui no Brasil é considerado filho de Odé com Yemanjá, contudo ao contrário de sua irmã, Oxum Karê que vive entre a água doce que encontra a salgada, ele vive com seu pai, porém esse caminho é um aspecto mais jovial da família dos Odés, sendo a grande maioria ligada a caça noturna, só que Odé Karê foge a regra, pois é associado a caça de pequenos animais a pesca em grande escala, por isso podemos usar uma pequena rede em suas roupas e a história que narro abaixo explica o porquê ele pode usá-la:
Itan - Odé Karê e a Oxum Karê
Odé Karê e Oxum Karê, desde pequenos viviam disputando tudo, assim como não havia nada que concordassem. Enquanto cresciam, Odé e Yemanjá observavam a rivalidade e então chegará a hora dos dois entenderem que sendo irmãos teriam que conviver e se completar, afinal ambos nasceram da mesma lágrima que correu do rosto de Yemanjá.
Seus pais então decidiram propor uma disputa, deram a cada um o ofá e uma rede, para que aquele que conseguisse mais caças e pescas venceria então a disputa, contudo cada um teria que trazer o mesmo número caças e de peixes. E assim Odé Karê e Oxum Karê seguiram mata adentro, e no primeiro dia ainda distante da água tiveram que usar o ofá, Odé Karê tinha uma visão mais aguçada e conseguiu maior número de bichos que sua irmã, porém na hora da pesca Oxum Karê que era mais estrategista que seu irmão colocou sua rede próxima ao leito do rio e jogou algumas sementes e logo conseguiu pegar grande número de peixes, deixando seu irmão irritado.
Enfim acabou a caçada e a pescaria e ambos voltaram para junto de seus pais, ao chegar apresentaram suas conquistas e então Odé e Yemanjá olharam para ambos e disseram:
- Odé Karê, por que conseguistes tantas caças e tão poucos peixes?
- Porque sou melhor no Ofá meu pai – Disse ele
- E tú Oxum, porque conseguistes tantos peixes e tão poucas caças?
- Porque sou melhor na pesca do que na caça em terra...
Assim Yemanjá juntou o que ambos tinham trazido e disse a eles:
- Olhem, ambos são meus filhos e ambos são bons separados, mas podem ser bem melhores juntos!
Assim Odé Karê e Oxum Karê entenderam que unidos poderiam muito mais e decidiram então parar de brigar e se unirem, onde ele a ajuda caçar e Oxum Karê ajuda ele na pesca.
Roupas e Aparamentas
Usa roupa azul claro com um pouco de doura e também salmão. Usa Ofá e Erú, em alguns axé carrega nas costa a abebé que representa sua irmã.
Comida
Axoxó, ado e acarajé, assim como frutas e carpa assada. Tudo que é feito a ele deve ser bem apresentado, bem feito e com bastante tempero de camarão.






Yeye Ypondá
Rainha na cidade de Pondá, dona do rio Pondá, Yeye Ipondá rivaliza com yeye Opará quando seus rios se encontram.
Yeye Ipondá é guerreira, vaidosa ao excesso, aponta sua espada para qualquer um e desafia o intruso. Muito ligada a Owárìs e Igbòálàmà, adora roupas douradas c/ branco e não responde no jogo mais de uma vez, ou seja, se ela responder entenda rápido pois ela não repetirá o que já respondeu. Se irrita ao ser puxada numa roda de candomblé, gosta de ser a primeira se tiver outra Oxum na sala e conte com ela sempre quando se tratar de uma criança. Não perdoa um filho que não respeita ou quebra os seus preceitos e sua liturgia.
Ponda ou Ypondá ou Pandá: Esposa de Oxossi Ibualama. Porta um leque. É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente. Vive no mato com seu marido. Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun. A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga. É uma jovem da cidade de Iponda. Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã. Come com Iyemonjá e Oxalá. Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo.

Outra lenda conta:

“Ypondá e Opará disputavam o mesmo amor. Em um determinado dia, Ypondá deu-se conta de que os olhos de Opará brilhavam muito quando avistava Erinlé, o Odé preferido de Ypondá. Ypondá muito faceira e perigosa, andava sempre armada com seu par de fisgas (espécie de arpão), chamou Opará até próximo a ela e pediu que se ajoelhasse Opará sem entender cumpriu o que a Osun mais velha solicitou, nesta fase Opará era uma espécie de dama de companhia de Ypondá. Opará muito jovem e bela sempre afoita e guerreira ficava sempre sentada aos pés de Ypondá ao abaixar-se Ypondá fisgou-lhe as duas vistas e arrancou fora tornando-se então Opará a Osun cega por isso dentro de seu Igbá põe-se um par de olhos. Onira revoltada com tal situação tenta comprar a briga de Opará, lançando raios contra Ypondá, e queimando os pés de minha senhora, Ypondá por sua vez muitíssimo inteligente mira o abebé dela contra os raios de Oyá e a cega também
desde então Opará e Oyá guiam-se uma a outra, fazem companhia, sao inseparáveis.
A esta Oya damos o nome de Onira que é uma Oya Olodo (ou seja das águas) mas veja bem existem dois caminhos de Opará:
Opará Hubjebé a que vem com Oyá
Opará Akurálonà a que vem com Ogun

Odé Otim e Yiá Otim








 Yiá Otim.....Odé Otim
Odé Otim e Yiá Otim formam um casal inseparável, onde está Odé está Otim. Odé é representado por um menino portando arco e flecha, suas ferramentas para a caça e Otim porta um cântaro que carrega na cabeça.Orixás da fartura e dos excessos, Odé tem fama de generoso e bom: ele caça, mas fica com pena e remorso e dá a caça a Otim que come tudo rapidamente, sendo apelidada de gorda. São poucos os filhos de cabeça do Orixá Otim, talvez isto explique o seu quase esquecimento no culto, sendo Odé o mais conhecido, este sim com vários filhos. A beleza de Odé estende-se a seus filhos assim como suas características. Odé jamais pode ser esquecido, pois se sente excluído e abandonado e não perdoa facilmente uma falta como esta.
A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização
iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas
sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar
livremente. É o território do medo. Yiá Otin é um Orixá feminino responsável pela fundamental
atividade da caça. É tradicionalmente associado à lua e, por conseguinte, à noite, as Iyá mi Ajés e
os pássaros da noite, pois a noite é o melhor momento para a caça. Odé Otin e Ossaiyn têm na
floresta o próprio fim, nela se escondem. O primeiro para capturar os animais, o segundo para
poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.
Otin mora nas águas com Iyemanjá, Erinle e Oxum e na floresta com os irmãos Ossaiyn, Ògún
 e Odé, no cultivo com Òrìsà OkoOdé Otin e Ossaiyn representam as formas mais arcaicas de
sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo
em detrimento da ciência. No Candomblé, a cor verde é consagrada a Ossaiyn por sua proximidade
com as folhas, ficando o azul para Odé Otin, um azul pouco mais vivo e claro que o de Ogum, numa
transição cromática.
Otin é um Orixá que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. Seu
combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação
da tribo, sendo por isso consagrado como protetor dos caçadores e eterno provedor da
subsistência do gênero humano. Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que
é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Protege os antagonistas, a caçadora, e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta.. Por isso Odé Otin nunca aprova a matança pura e simples, para ele a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou rituais para deuses,sendo símbolo de resistência á caça predatória.
 O conceito de liberdade e independência para Odé e Yiá Otin é muito claro.
 Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados.
. Em alguns cultos, também se atribui à ela o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência.
 Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois
chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo
de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios, um ofá arco e flecha, uma lança.
Íyá Otin realmente o orisa da casa de joão de barro. Otín é um orisa relacionada com Erinle e
Yemojá.
Ìyá Otin e um orisa da caça e pesca, seu culto tem origem em inisa ( inixa )seu culto e mais
preservado nas naçoes de batuque no sul do brasil.orisa de carater reservado,vive com ode
caçando nas matas de quem e inseparavel. vista hora como esposa ,hora como irma de ode.
nao teve filhos aqui na terra, por isso atribuem o fato de que ela de a cabeça de seus filhos para
ode. por ser uma yaba ode ( caçadora ) veste-se com roupa de couro , como um homem., usa uma
capanga de couro,arco e flexa e lança.
come junto com ode, todo tipo de caça, coelhos , passaros etc , mas prefere mesmo a carne de porco.galinha pintada.Peixe: pintado.Comida: farofa doce com costela de porco assada com mel ,e em alguns axés dão galinha preta para Yiá Otim
Íyá Otin e uma yaba que vive na floresta, caça , pesca e recolhe os frutos por perto de casa que ela
mesmo constroi , no lugar onde chegam para caçar, enquanto ode vai longe caçar animais maiores
para levar o alimento para a comunidade , ela caça por perto , assim que ode chega tem seu
alimento preparado .
dizem tambem que e ela quem nos da casa propria, existe ate ebo para esse fim.
e dona da casa do joao de barro , deve ter algun itan que justifica o por que.
no batuque seu culto é tao importante que toda pessoa que se apronta no santo ,como e costume
de assim se dizer la, tem que assentar,Ìyá Otin por isso todo sacerdote tem Iyá Otin em suas casas.
seu assentamento leva uma estatua de madeira, imagem feminina que carrega um pote na cabeça.
tem ligaçao com yiemonja, por isso tambem leva uma ancora em seu assentamento, e seu igba é
colocado nos pes de yiemonja .existem informaçoes que ela habita as margens do rio osun com
quem tambem tem ligaçao, outras ha que diz que ela vive numa confluencia de um rio com o mar
pela sua ligaçao com yiemonja.Otin possui quatro seios e isso nao pode ser mencionado em sua presença, pois e uma ofensa terrivel a essa yiagba.
um mito conta que ela foi uma rainha muito poderosa , mas muito sensivel,por falta de respeito de
seus subordinados , se aborreceu muitissimo, e entrou no rio de erinle e desapareceu.
Iyagbá Otin uma Senhora caçadora,resumindo ele é filha de Erinlé um outro Orisá muito confundido
com Ossossi..Otin irmã de Ologun Edé e esposa de Ossossi..Para assentar uma Otin primeiro tem
muitos orôs e se assenta um corte de Orisás antes dela,um deles é Erinlé,Ologun
Edé,Iyemonjá,Ossayn ,Ogun,Ossosi e Osun..Ela come todo tipo de caça,ela só não come coelho
como os outros Odes e sim preá ou porquinho da índia como é muito difícil achar uma preá da a ela
o porquinho da índia,ela também come galos,igbín,pombos e adora carne de porco.Otin mora nas águas com Iyemanjá, Erinle e Oxum e na floresta com os irmãos Ossaiyn, Ògún e
Odé, no cultivo com Òrìsà Oko
Odé Otin e Ossaiyn representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em
detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.
No Candomblé, a cor verde é consagrada a Ossaiyn por sua proximidade com as folhas, ficando o
azul para Odé, um azul pouco mais vivo e claro que o de Ogum, numa transição cromática e para Iya
Ode Otin fica as cores azul claro intercalado com azul escuro e Yiá Otim a azul intercalada com rosa..Isso tembem vai
depender muito do caminho do Orisá Otin
Saudação de Otin: Oque bambo Otin ... Oque bambo Iyabá..

Adurá Iyá Otin:
Otin rere
E moin dafá
Otin rere
E moin dafá
Òrìsà dafá mbó
Otin Obá delé
A oyo Òníyé.
 Odé Otin e Yiá Otim come vários tipos de comidas,como:
Feijão fradinho bem temperado com lascas de cocô..
Milho vermelho bem temperado com lascas de cocos e amedoim torrado.
Também come acaçás,abaras,ekurus,obis,orogbôs,frutas e principalmente o abacate..
Eles adoram a carne de porco como: costelas,lingüiças,carrés e miúdos...Tudo bem temperado..Sua
bebida preferida é o aluá.
Caminhos[qualidades]
 Odé Otim;Linde, Jubim, Emí, Avagan, Lobomí, Ridê, Tola, Olobomí, Fabiorô. Yiá Otim: Anidon, Dígala,Obérémi, Emí, Aridã, Tola, Olobomí,Renique,Talabí,Iborô







O culto Erinlé

O culto de Erínlè nasce no Odu de Òkànràn / Ogbè. Seu culto está centrado ao redor do rio Erínlè,
um rio tributário do rio Òsun, que atravessa a cidade de Ìlobùú (Ilú Òbú ou cidade de Òbú),
localizada ao sul da Nigéria Ocidental, na estrada de Ogbomoso para Osogbo (está situada
aproximadamente dez milhas a oeste de Osogbo). Ele é a divindade patrona de Ìlobùú. Ìlobùú é um
centro de comércio para o inhame, milho, mandioca, óleo de dendê, abóbora, feijão, quiabo e está
em uma área de savana habitada principalmente pelos Yoruba. Òbú é um tipo de giz nativo (efun) e
é comestível. É usado para temperar comida e era um dos temperos principais, muito antes do sal,
da mesma forma que o aró-àbàje (uma tintura azul comestível) é usado para temperar comidas
como o ekuru aró. Tido como filho de Ainá, Erínlè é considerado por muitos como filho mítico de
Yemoja .É um Òrìsà caçador, pescador e um médico, por conta do seu grande conhecimento da
floresta e da flora. Este Òrìsà, enquanto médico dominou, antes que Osányìn, o poder da botânica.
Não é incomum para os sacerdotes de Erínlè carregarem um cajado (òsù) semelhante ao que
carregam os sacerdotes de Osányìn e de Ifá devido a importância deles como curandeiros
medicinais. Sabe-se que ele conhece o poder curativo do Eja aro. Essa medicina nasce em
Òkànràn Òfún. O peixe seco (eja aro) é conhecido em Nupeland e isso é revelado pelo caminho de
Òkànrànsodè descrito abaixo e na conexão entre Erínlè e o exilado rei da Nupeland. Há muitas
variações no nome pelo qual Erínlè é conhecido. Assim, ele é comumente conhecido como Erínlè
dentro de Egbado, Erínlè em Ìlobùú, Enlè em Okuku. Em Cuba e Trinidad ele é conhecido como Inlè
ou Erínlè "Ajaja". Ajaja é um título honorífico que significa "Ele que come cachorro", "o que é feroz".
Erínlè quer dizer elefante (Erin) em-o-terra (ilè) ou terra-elefante. Erínlè é considerado por alguns
como uma divindade hermafrodita, mas ele é adorado principalmente como uma divindade
masculina em Yorùbáland. Ele é pensado por alguns estudiosos como sendo o aspecto masculino
de Yemoja Mojelewu. No Brasil o ligam a Osún e a Iyemanja pois segundo sua lenda é pela boca de Yemonjá que ele fala, Erinle é um orisa andrógino e considerado o mais belo dos caçadores;  O que parece consenso é que Erínlè mora na floresta com os irmãos
Osányìn, Ògún e Òsóòsì, no cultivo com Òrìsà Oko, nas águas com Yemoja, Otin e Òsun. A
residência verdadeira dele seria o ponto onde o rio encontra o oceano, onde docemente se
misturam as águas doce e salgada. No Candomblé Ketu é considerado que Erínlè tem dois
caminhos ou aspectos. Um aspecto é considerado um velho caçador, Òsóòsì Ibualama. O outro
caminho é mais jovem e mais delicado e bonito, normalmente chamado Inlè. Na tradição  Erínlè é acompanhado por Ibojuto e Abátàn. Abátàn (ou Abàtà = pântano) é a divindade da
baixada. Abátàn normalmente é considerado como a companheira feminina de Erínlè mas alguns
reconhecem Abátàn como masculino. Quando Erínlè é assentado dentro da cerimônia de iniciação,
Abátàn também é assentada.  Em alguns axés arrumam um otá abaixo do igbá de Erinlé, simbolizando ela,[ e uns axés cultuam como se fosse osun YEPONDÁ]e na hora do sacrificio dele cobre-se esse otá com uma gema de ovo.Ela tem canções e oríkì separados. Abátàn come com Erínlè e participa de todas as suas oferendas e sacrifícios. Erínlè seria acompanhado por Abátàn, sua contraparte feminina em tudo..  Duas divindades que se unem como um, embora distintos, eles funcionam juntos, como uma unidade.
 Há um equilíbrio, dando uma visão instantânea do caráter de Erínlè,
uma mistura perfeita de energias masculina e feminina. Além disso, na tradição  a familia de Erínlè se compõe de: Abátàn - sua esposa, Boyuto - guardião de Erínlè e Otin - filha de Erínlè e Abátàn Jobia - filho de Asipelu, ajudante de Erínlè, Olóògùn Èdè (Lògùn Èdè),
o "senhor" (dono) do medicamento (medicina) de Èdè - filho de Erínlè com Osun Yepondá, e, por último, Asao que chamam de duplo de Erínlè. Na Nigéria, Erínlè tem muitas manifestações ou caminhos, conhecidos como ibú:
Ojútù, Álamo, Owáálá, Abátàn, Ìyámòkín, Àánú. É o oríkì de cada ibú que distingue entre os
caminhos diferentes ou manifestações de Erínlè, como um se apresentando na sua coragem, outro como um caçador, outro ainda no poder presente na profundidade do rio[Ode Ibualama = uma outra versão para Erinle quando ele se apresenta mais ao fundo do rio, há um templo com esse nome na África fazendo alusão ao seu fundador Erinlé.. Aliás há vários templos mas todos são de um orisa só: Erinle nessa situação o caçador traça um outro caminho e pactua seus mitos com Omolu, Osumare, Nana,]. São cantados oríkì individuais a Erínlè no seu festival anual da mesma forma como também são invocados coletivamente. O awo ota - Erínlè ou otun Erínlè, é o nome dos recipientes usados dentro do culto de Erínlè (em Okeho é adicionalmente conhecido como aawe  - Erínlè, onde tem uma forma totalmente diferente das encontradas em Ìlobùú e na maior parte da Yorùbáland). Potes fechados que guardam pedras e água são predominantemente associadas com divindades fluviais femininas, como aqueles encontrados nos cultos de Yemoja e Òsun.O awo (segredo) - ota - Erínlè .É o recipiente tradicional para guardar os ota de Erínlè. Sacerdotes de Erínlè dançam em procissão como parte do festival anual de Erínlè em muitas partes de Nigéria.Para o festival, sacerdotes trazem com eles o próprio awo - ota - Erínlè para o festival no rio de Ìlobùú  Quando a possessão acontece, Erínlè dança com o awo - ota - Erínlè colocado no alto da cabeça.O òpá òrèrè (osu/cajado com o pássaro de ferro) de Erínlè é a representação para os seus seguidores da importância de
Erínlè como curandeiro,pois é considerado médico E, seu culto antecede o de Ossayn, o pássaro o representa. Ibojuto é a sua própria reencarnação representado pelo bastão que vai em seu assentamento e tem a mesma importância do Ofa de Ossosi. A divindade mais amplamente conhecida com o mesmo símbolo é Osányìn. O cajado é feito de ferro. Sempre é mantido em pé. . Pássaros de ferro empoleiram-se no topo.  A maioria dos cajados mostra um grande pássaro central cercado por pássaros menores.Não há diferenças significativas entre os cajados de Erínlè e de Osányìn encontrados na Nigéria, cada cajado é uma peça autorizada e única e assim os estilos variam imensamente, Porém há dois desenhos comuns do cajado de Osányìn feitos dentro da perspectiva dos awo em Yorùbáland. É comum se ver um cajado relativamente curto com um grande pássaro em seu topo e com 16 pássaros menores, em um arranjo circular,
  que olham para o pássaro mais alto, central. Lá também pode ser encontrado um òpá/osu Osányìn alto, com um só e único pássaro e quatro cones de metal invertidos, as aberturas deles coberta por disco de metal para guardar medicamentos; seguro levemente na parte mais baixa do cajado (este cajado também é encontrado na tradição Lukumi, sua especificação é considerada um requisito de Odù). Deve ser acentuado que os cajados de Erínlè e Osányìn nas terras Yorùbá são encontrados em muitas variações no número de pássaros, formas e estilos.
Foi sugerido que os 16 pássaros menores representam a divindade Odù e os Olódù de adivinhação. . As curvas graciosas destes pássaros estáticos também podem ser confundidas com um agrupamento permanente de folhas de metal Tais folhas, que não   morrem,
 são uma lembrança visual forte para Osányìn e os medicamentos de Erínlè!O pássaro de coroamento é, segundo muitos, um símbolo do poder sobre/pacto de Osányìn e Erínlè e Ìyáàmi.
São os medicamentos herbários de Erínlè e Osányìn que podem neutralizar ou contrapor-se aos ataques pelos aspectos negativos de Ìyáàmi. Eleye significa "mulheres que possuem e são
pássaros", sendo os pássaros os mensageiros de Àjé/Ìyáàmi.Estes mensageiros também podem
ser vistos em muito da estatuária religiosa e do simbolismo real,  como por exemplo, no alto da coroa dos Oba. . Ìyáàmi é em essência o àse/awo feminino primordial, que pode ser potencialmente benéfico ou maléfico (em condições judiciosas). Os símbolos de pássaro lembram aos líderes e congregações que ninguém está acima das forças invisíveis que precisam ser apaziguadas. As  Ìyáàmi representam a gênese, as guardiãs e as doadoras do àse na terra.
Boyuto ou Ibojuto é encontrado em todos os santuários Lukumi para Erínlè. É descendente do òpá Erínlè encontrado entre os Yorùbá. Boyuto leva seu nome de uma das qualidades ou caminhos de Erínlè.  Esta qualidade de Erínlè está ligada a profundidade impressiva do rio Erínlè.
É dito que nesta profundidade é encontrado o reino mítico de Erínlè, chamado Ode Kobaye.
 "Esta profundidade escura do redemoinho é chamado Ojuto. Acredita-se profundamente, que as duas casas históricas (ilé pètésì) teriam sido tragadas para cima (emergido) dentro das correntes coloridas de índigo.Do fundo do ibu Ojuto, assim é acreditado, bandos (escoltas) de pombos voam para acima das águas e desaparecem no ar." (Baba Erínlè de Ìlobùú falando com R. F.Thompson no local do rio Erínlè, em Ìlobùú, 1994). Boyuto ou Ibojuto é também conhecido comumente como o osu de Erínlè.
Erinlé o caçador das grandes caças....o mais belo entre todos os caçadores!

 Mitos de Erinlé

Havia um caçador chamado Erinlé, o grande caçador de elefantes. Um dia uma mulher
passava perto de um rio e ali perto, junto ao bosque, avistou o caçador. Ele pediu a ela que lhe
desse água para beber, a mulher entrou no rio até a altura dos joelhos e, quando se inclinou para
apanhar água, ouviu de Erinlé a ordem de que entrasse mais fundo. Mais fundo no rio entrou a
mulher, mas percebendo que o rio ia afogá-la, saiu imediatamente da água, com medo de ser
morta. Ela ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio, reclamando que ela não trazia
oferenda alguma, ela queria recolher sua água, mas nada lhe dava em troca. Ninguém pode entrar
no rio profundo sem trazer presentes, tempos depois, quando Erinlé foi cultuado como orixá, seus
seguidores o chamaram de Ibualama, que quer dizer "Água Profunda".

Òkànràn Ogbè - O nascimento do culto de Erínlè - Um Itan do Odu Òkànràn Ogbè conta a
história de um homem Nùpe (Tápà) com o nome de Àyònù que veio para a região de Ìlobùú. Ele era
o herdeiro da coroa em sua terra natal porém devido a algumas manobras políticas o título lhe foi
usurpado e ele foi forçado a fugir da cidade - ele teria sido morto para destruir a possibilidade de
qualquer reivindicação futura à coroa. Àyònù veio para Ìlobùú para caçar e ajudar a um caçador
nativo que tinha uma estranha aparência. O amigo percebeu que Àyònù, embora mostrando-se apto
nas habilidades da caça e agudo em aprender todos os segredos possíveis, não vivia sua vida
conforme um caçador. Àyònù contou sua história para o amigo caçador. O amigo era Erínlè mas ele
não o conhecia pelo nome porque os caçadores não mencionam nomes no mato para não serem
afetados por nenhum dos espíritos animais. Caçadores referem-se uns aos outros simplesmente
como Àwé. Erínlè, por seu turno, contou para Àyònù sobre sua casa, um palácio que ele tinha
embaixo da terra. Ele golpeou o chão com a palma de sua mão, a terra abriu-se e os dois
desceram para o palácio subterrâneo. Erínlè tinha estado caçando por um longo tempo e, assim,
ele decidiu fazer um pacto com Àyònù. Erínlè prometeu para Àyònù um nova coroa para
recompensá-lo pelo título que ele havia perdido em sua terra natal. Ele disse para Àyònù que, por
tanto tempo quanto ele continuasse a lhe trazer comida de caça, ele o compensaria com um título
novo. Erínlè também prometeu que a guerra nunca afetaria o reino dele. Erínlè e Àyònù
consolidaram seu pacto e Erínlè retirou-se para seu palácio na terra. Ele disse para Àyònù que se
ele precisasse dele novamente deveria chamá-lo golpeando a terra com a palma da sua mão.
Àyònù nunca mais viu seu amigo novamente. Àyònù construiu sua casa lá e logo outros caçadores
vieram viver com ele, seguidos por fazendeiros. Uma cidade tinha sido estabelecida e eles
consultaram Ifá. Os adivinhos lançaram Òkànràn Ogbè e Òrúnmìlà disse: ire! Desde esta época a
cidade de Ìlobùú nunca foi invadida ou afligida por guerra, mesmo durante o tumultuoso século
dezenove, marcado por muitos anos de conflitos civis na Yorùbáland.