Qualidades do Orixá Exu
Sobre a multiplicidade de EXÚ
Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes.
Já sabemos que os orixás são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), e isso torna o culto diferente.
Temos também o segundo nome designando o seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orixás com outros nomes referentes às suas realizações como Ogun Mejeje que se refere às lutas contra as 7 cidades antes de invadir Ire, e Iya Ori, a versão de Yemanja como dona das cabeças, etc.
Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orixás no Brasil , Portugal, África e em Cuba.
Exu o primeiro orixá criado por Olorun de matéria do
planeta segundo a sua mitologia, ele possui a função de executor, observador,
mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui, que são epítetos e nomes de cidades onde há o seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento do seu assentamento, ritual especifico e odu do dia.
DIA DA SEMANA
Segunda-feira.
CORES
Preto , vermelho e cinza
SÍMBOLOS
Tridente e/ou bastão (opa ogó).
ELEMENTO
Fogo.
PLANTAS
Pimenta, capim tiririca, urtiga. Arruda, salsa, hortelã.
ANIMAIS
Bode.,galos, e etc..
METAL
Bronze, ferro (minério bruto).
COMIDAS
Farofa de dendê, bife acebolado, picadinho de miúdos.
BEBIDAS
Cachaça.
SINCRETISMO
Santo Antônio (13/06) .
FUMO
charutos e até fumo de rolo
A palavra “Exu” significa, em ioruba, “esfera”, aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim. Exu é o principio de tudo, a força da criação, o nascimento, o equilíbrio negativo do Universo, o que não quer dizer coisa ruim. Exu é a célula mater da geração da vida, o que gera o infinito, infinita vezes.
É considerado o primeiro, o primogênito; responsável e grande mestre dos caminhos; o que permite a passagem o inicio de tudo. Exu é a força natural viva que formenta o crescimento. É o primeiro passo em tudo. É o gerador do que existe, do que existiu e do que ainda vai existir.
Exu está presente, mais que em tudo e todos, na concepção global da existência. É a capacidade dinâmica de tudo que tem vida. Principalmente dos seres humanos que carregam, em seu plexo, o elemento dinâmico denominado Exu.
É aquilo que no candomblé chamamos de Bára, ou seja “no corpo”, preso a ele. É o que nos dá capacidade de agir, andar, refletir, idealizar. Sem o elemento Bára, a vida sadia é impossível. Sem ele, o homem seria excepcional, retardado, impossível de coordenar e determinar suas próprias atitudes e caminhos de vida..
Realmente, Exu está presente em tudo. E damos como exemplo inicial a concepção da geração da vida. O membro ereto do macho tem a presença de Exu- aliás, em terras da África, o membro rijo é o símbolo da vida, o símbolo de Exu - ; a penetração na fêmea, tema a regência de Exu; a ejaculação é coordenada por Exu; o percurso do espermatozóide dentro da fêmea, é regido por Exu; também na fecundação do óvulo Exu está presente. E quando a primeira célula da vida esta formada, a presença de Exu se faz necessária. Já na multiplicação da célula, a regência passa por Oxum, que vai reger o feto até o nascimento.
Exu também está presente no calor, no fogo, na quentura. Presente se faz nos lugares poucos arejados, nos lugares onde existem multidões, nos ambientes fechados e cheios.
Exu está na alteração do ânimo, na discussão, na divergência, no nervosismo. Está presente no medo, no pavor, na falta de controle do ser humano. Também está perto na gargalhada, no riso farto, na alegria incontida. Para nós brasileiros, amantes do futebol, Exu está presente no grito de “gol”, que soltamos de forma feliz e nervosa. É o desprendimento do nervosismo contido no peito.
Exu é a velocidade, a rapidez do deslocamento. É a bagunça generalizada e o silêncio completo. Diz-se que Exu é a contradição. É o sim e o não; o ser e o não ser. Exu é a confusão de idéias que temos. É a invenção, descoberta. Exu é o namoro, é o desejo, é o sentimento de paixão desenfreadas e é também o desprezo. Exu é a voz, o grito, a comunicação. É a indignação e a resignação. É a confusão dos conceitos ba´sico. Aquele que ludibria, engana, e confunde; mas também ajuda, dá caminhos, soluciona. É aquele que traz dor e a felicidade.
Para se ter uma noção do comportamento e da regência paradoxal de Exu, cito um de seus Orikis (versos sarados), que diz;
“ Exu matou um pássaro ontem, com a pedra que jogou hoje”
Assim, pode-se ter uma idéia exata de quem Exu é, como é, e como rege as coisas. Ele esta presente em tudo..... em nada.
Exu esta presente no consumo de substâncias tóxicas, no álcool, na droga, no fumo. Ele é o sólido, o liquido e o gasoso. Está nas conversas de esquinas, de bares, de restaurantes, de praças. Está na aceitação ou recusa de qualquer coisa.
Está presente também nas refeições, pois ele é quem rege o ato de mastigar e engolir. A gula é atributo de Exu. Está no coito, no prazer sexual, na preguiça; mas também está presente na disposição, na energia, sem querer com isso carregar peso, pois Exu não gosta de carregar peso. Outro Oriki fala claramente sobre esta sua particularidade:
“ Xonxô obé, odara kolori erú”
“ A lâmina (sobre a cabeça) é afiada; ele não tem cabeça para carregar fardos”
Exu é tudo isso e mais. Fogo é o seu elemento, mas a Terra e o Ar são bem conhecidos de Exu. É a presença constante!
Dia: Segunda Feira
Data: Não existe especificamente, pois todos os dias são de Exu.
Metal: Não tem, sua matéria é a terra, pois nasceu da terra em forma de pênis.
Cor: Preto e Vermelho
Partes do Corpo: Sensações de sede e de fome, cavidade do Ori (cabeça), cavidade do útero, atividade sexual (não da atividade procriadora, da fecundação, pois ele é o resultado, o descendente), placenta fecundada, os pés (bola dos pés), uma parte do fígado (a outra é de Oya).
Comida: Sangue de bode, galos, galinhas, farofa de azeite de dendê, carnes mal passadas, pimenta e bebidas alcoólicas.
DOMÍNIOS (variados)
Passagens, encruzilhadas, caminhos, portas, entrada das casas.
O QUE FAZ
Vigia as passagens, abre e fecha os caminhos. Por isso ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar caminhos para progredir. Além disso, protege contra perigos e inimigos.
QUEM É
Elo de ligação entre os homens e os Orixás; senhor da vitalidade; do sexo; da alegria, da vida, das sensações.
CARACTERÍSTICAS
Apaixonado, esperto, criativo, persistente, impulsivo, brincalhão, amigo.
EXÚ DESCRITO PELO ESCRITOR JORGE AMADO [ gostei, então postei]
NÃO SOU PRETO, BRANCO OU VERMELHO
TENHO AS CORES E FORMAS QUE QUISER.
NÃO SOU DIABO NEM SANTO, SOU EXU!
MANDO E DESMANDO,
TRAÇO E RISCO
FAÇO E DESFAÇO.
ESTOU E NÃO VOU
TIRO E NÃO DOU.
SOU EXU.
PASSO E CRUZO
TRAÇO, MISTURO E ARRASTO O PÉ
SOU REBOLIÇO E ALEGRIA
RODO, TIRO E BOTO,
JOGO E FAÇO FÉ.
SOU NUVEM, VENTO E POEIRA
QUANDO QUERO, HOMEM E MULHER
SOU DAS PRAIAS, E DA MARÉ.
OCUPO TODOS OS CANTOS.
SOU MENINO, AVÔ, MALUCO ATÉ
POSSO SER JOÃO, MARIA OU JOSÉ
SOU O PONTO DO CRUZAMENTO.
DURMO ACORDADO E RONCO FALANDO
CORRO, GRITO E PULO
FAÇO FILHO ASSOBIANDO
SOU ARGAMASSA
DE SONHO CARNE E AREIA.
SOU A GENTE SEM BANDEIRA,
O ESPETO, MEU BASTÃO.
O ASSENTO? O VENTO!..
SOU DO MUNDO,NEM DO CAMPO
NEM DA CIDADE,
NÃO TENHO IDADE.
RECEBO E RESPONDO PELAS PONTAS,
PELOS CHIFRES DA NAÇÃO
SOU EXU.
SOU AGITO, VIDA, AÇÃO
SOU OS CORNOS DA LUA NOVA
A BARRIGA DA RUA CHEIA!...
QUER MAIS? NÃO DOU,
NÃO TOU MAIS AQUI...
A saudação a Exu é:- Laroyê, Exu! ( “Salve, Exu! “).
OS 16 MÚLTIPLOS CAMINHOS DE EXÚ :
:Exú Yangui :a laterita vermelha, é a sua múltipla forma mais importante e que lhe confere a qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação. Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.
Exú Agbà: o ancestral, epíteto referente à sua antiguidade.
Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça
Exú Okòtò: o exú do carocol, o infinito.
Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Exú Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá
Exú Òsíjè: o mensageiro divino
Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exú Enú Gbáríjo: a boca coletiva dos Orixás.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exú Bárà: o senhor do corpo
Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos
Exú Ol’Obé: o senhor da Faca
Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor sa satisfação Pessoal
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.
Exús que acompanham vários Orixás.
Exú Akesan: acompanha Oxumaré, etc
Exú Jelu ou Ijelu: acompanha Osolufun.
Exú Ína: responsável pela cerimónia do Ipade regulamentando o ritual.
ExúÒnan: acompanha Oxun, Oyá , Ogun, responsável pela porteira do Ketu.
Exú Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa.
Exú Lálú: acompanha Odé, Ogun, Oxalá, etc
Exú Igbárábò: acompanha Yemanjá, Xangô, etc
Exú Tìrírí: acompanha Ogun
Exú Fokí ou Bàra Tòkí: acompanha Oyá e vários orixás
Exú:Lajìkí ou Bára Lajìkí: acompanha Ogun, Oyá e as posteiras.
Exú Sìjídì: acompanha Omolú, Nanã, etc
Exú Langìrí: a companha Osogiyan
Exú Álè: acompanha Omolú
Exú Àlákètú: acompanha Oxóssi
Exú Òrò: acompanha Odé, Logun
Exú Tòpá/Eruè: acompanha Ossayin
Exú Aríjídì: acompanha Oxun
Exú Asanà: acompanha Oxun
Exú L’Okè: acompanha Obá
Exú Ijedé: acompanha Logun
Exú Jinà: acompanha Oxumarè
Exú Íjenà: acompanha Ewá
Exú Jeresú: acompanha Obaluaiye
Exú Irokô; acompanha Iroko
ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
No ketu o Bara é o exú pessoal, aquele que está ligado ao corpo físico do filho de santo, chamamos de bara do Orixá, mas ele está diretamente ligado ao filho. Em ketu, em alguns axés, não se faz Orixá Exú e como o bara está ligado ao corpo, também não entendo como se pode fazer em um filho. Talvez seja só uma terminologia equivocada.Existem zeladores que ensinan que para exú bara não há necessidade de sacrificios ou preceitos para exú. Todos os sacrifícios que acontecem são necessários,nada é desnecessário.Existem objetivos que somente pessoas mais graduadas dentro da religião conhecem.Eu não vejo o mal,pois não sou vegetariana e assim como se mata um animal para comer em casa,se mata o animal no sacrificio,mas existem preceitos, até para exú existem preceitos. Todo sacrificio é minuciosamente realizado para não deixar nenhum animal sofrer em nada, nada mesmo é disperdiçado, mesmo porque, se você relmente souber o que é um Orixa e entender a sua magnitude, verá que ele jamais aceitaria algo que fizesse um ser vivo sofrer. o ato do sacríficio se justifica quando o animal é oferecido para alimentar a comunidade. É claro que existem aqueles que usam o sacríficio para intimidar as pessoas e criar um tipo de misticismo que na verdade não existe sobre este ritual. É importante que entendamos o motivo para aceitar a cerimonia.
Em Angola, Pombagira significa Pambu Njila que é o Inkisse correspondente a Exu dos Yorubás, mas ele é um Inkisse masculino, dentro do meu conhecimento.
Não exite Exu feminino, apesar dos nome em Ketu Bara e/ou Lebara estarem ligados a Exú, eles continuam sendo masculinos. Todos os simbolos de Exú são maculinos, inclusive o mais tradicional deles é o Ogó, que tem um formato fálico (forma de penis) e representa tb a virilidade. hoje em dia há uma correntesa, uma onda, uma multidão de zeladores tentando legitimar erros ou invenções, e uma dessas correntes visa legitimar o culto a pombagira no candomblé, trocando seu nome para leba, como se com essa troca a pombagira fosse alçada ao nível de Orixá, o que é totalmete errado. Vou te dar alguns exemplos de invenções que estão tomando força:
Feitura de filhos de pombagira, rum em pombagira, pombargira com “chorão”.
Ogum Waris vestido de dourado e dançando como Yabá. a cada dia vemos mais e mais pessoas inventando fundamentos e histórias de Orixas para se dizerem grandes conhecedores do candomblé. O candomblé é simples e deve se manter simples. Não sou a dona dos conhecimentos e da verdade, mas essa constatação que fiz acima é fato notório do que vemos hoje. Sobre o caso de Waris, não é verdade que Ele só possa ser feito em mulheres ou que veste dourado ou seus ferros são dourados. Isso foi inventado para dar “beleza” e foi criado segundo um entendimento equivocado de que este Ogum é metade Oxum metade Ogum. O que não é verdade. Este Ogum tem ligação com água sim,mas não significa que seja ligado exclusivamente a Oxum, na maioria das vezes vem ligado a Oxum, mas não é regra. Também não é verdade que seu elemento seja o ouro, seu elemento como todo Ogum é o ferro, este Ogum, PODE ser adornado com elementos dourados sim, mas adorno é diferente de TODO dourado. Suas roupas podem ter o amarelo, que é diferente do dourado. Enfim.. é um Ogum como todos os outros e deve ser feito como todos os outros. Waris não é guardião das Yabás, isso não tem nem sentido. O assentamento do Exú é essencial em toda iniciação pois é Exú que fará a ligação entre o iniciado e seu Orixá. Mas me refiro a Exú Orixá e não exús catiços, que não devem se quer receber assentamentos, quando muito ficam “arrumados”. É triste ver o que tem sido feito em nome das invenções e belezas estéticas. São adês e roupas que mais parecem adereços de escola de samba. falta de conhecimento básico sobre Orixás e a religião. E tudo para que espetáculo fique bonito. E agora teimam em colocar Ogum de dourado e dizem que é fundamento, só não sei de onde retiraram estes fundamentos, porque da tradição do candomblé é que não foi. Como eu disse o candomblé é simples e no início era muito mais simples e Ogum sempre foi o mais simples de todos, vestindo apenas mariwo e panos brancos ou verdes, sem enfeites.
Oxossi com roupa de Yabá (há uma lenda que diz que Oxossi seria feminino e Odé seria o masculino, e baseado nisso estão interpretando as coisas a sua maneira deixando a tradição de lado. Eu já soube de uma casa onde Oxossi vem como Yabá,na verdade só existe um oxosse feminino, e no brasil, como fêmea, não se faz.
Homossexual masculino ou trasexual sendo confirmado Ekedji, e transexual ou homossexual feminino sendo confirmado Ogã. Filho de santo sendo iniciado para IYa-mi (yaô de Iya-mi).
defendo que não existe Exú feminino, e que pombagira não é feita na cabeça de ninguém, e não há motivo para usar chorão, coroa e muito menos dar rum nela. Cada coisa em seu lugar.Não sou a dona da verdade,mas dizem que uma mentira repetida seguidas vezes se torna verdade, é isso que está acontecendo com o candomblé, quem não sabe inventa, e as invenções estão tomando força de verdade.
Igbarabô é o primeiro a ser reverenciado no padê e isso se deve a ser este o Exú ligado a Ogum. E Inã (fogo) está ligado diretamente a Xangô.
Lalú especificamente, está ligado a Oxalufã.
Os exus de Ogum no candomblé que eu conheço são Tiriri, Lonã e Ibarabô.
Bara Ijede.é o Exu/Bara de Logum
bara lajki ou lojiki é Exú de Oyá . M uitos dos que estão listados são Exú do Orixá tb, mas é coincidencia. A maioria estas qualidades listadas se referem ao Orixá Exú, e não ao Exú ligado ao Orixá, que é um assunto diferente muito pessoal e restrito aos axés. Quando temos uma lista de todos os Exús incluindo, bara e os ligados ao Orixá esta lista é imensa, e certos assuntos não devem ser tratados tão abertamente, são restritos. há muita controvérsia sobre o primeiro Exú, alguns historiadores dizem que foi Iangi e outros dizem que foi Latopá, então o ideal é pesquisar a criação do mundo por Olodumare e a criação e divisão do primeiro Exú, há um mito que conta como esta divisão se deu, é muito interessante. Múltiplas são as funções de Exú Onã dentro de uma casa de candomblé. Acompanha vários Orixás, alguns são assentados para o portão. Exú que canta a alegria!
Exú Báragbò, acompanha alguns Orixás em casas de candomblé, aquele que olha pela casa, Ojú Bará!
Marabô: catiço da umbanda.
O Orixá Exú não faz parte do enredo da personalidade de ninguem da forma de influenciar em atos sujos, bandidos ou desonestos Ele está presente sim em todos nós e tem lugar de destaque e sempre será assentado junto dos nossos Orixás, mas também não será ajuntó de outros Orixás, ao menos na tradição Ketu. Pde ser até ori meji de uma pessoa, mas nunca será ajuntó. O assentamento do Exú é essencial em toda iniciação pois é Exú que fará a ligação entre o iniciado e seu Orixá. Mas me refiro a Exú Orixá e não exús catiços, que na minha opnião não devem se quer receber assentamentos, quando muito ficam “arrumados”.
Não se deve raspa Exu pois é uma “energia latente demais”,Exu é o movimento, como se poderia assentar o movimento?Entendeu o paradigma?
Alguns dizem que fazem, que raspam Exu,mas tradicionalmente, não se faz Exu na cabeça de um iniciado,se fazem orôs a Exu entrega o filho a OGUM ou OXOSSE., tradicionalmente não se raspa Exú, sendo Ele substituído por OGUM ou OXOSSE, mas sabemos que há casas de ketu que fazem, não entramos neste mérito,me abstenho a falar que na tradicionalmente não se faz, mas tradição não é lei.
Xoroque é um vodun chamado Gun da nação Jeje, normalmente fica assentado na entrada das casas Jeje, no Ketu não tem Xoroque que muitos errôneamente o trata como Orixá. Não tem diferença alguma Exí Tiriri Lonan, Lonan ou Onan é um só, existem muita gente que os diferenciam por orixá erradamente, esse Exú é um só! O senhor dos caminhos.
Conheço um Bára nos caminhos de nosso pai osogiyan que é Exú Languirí. Raros são os que saben arrumá-lo e vultuá-lo. Por acompanhar Osogiyam, por respeito, Exú só usa branco, porém, come dendê e sal e bichos brancos.
Esse Exú só aceita ser arrumado por seu filho. De Oxalá.Existem vários, Ijelú, Odará estão entre os principais. Xango, quais os Exus ligados a ele? Barabô, Akesan e Inã.
No caso de um filho de Exú ele não tem Bara é o próprio Exú, o entendimento de Bará é que Ele é o nosso Exú o Exu que guarda o nosso corpo e nos liga ao orixa pessoal. Nas porteiras há Exús específicos que não recisam ser os do zelador e nem devem ser, são Exús assentados com esta função. Todo orixa/filho tem o seu Bara, pois este é o Exú guardião do corpo, o Exú/bara pessoal que nasce conosco e morre conosco, mas, apesar disso, o Bara deve ter o seu assentamento individual. São duas coisas distintas, Bára é o nosso Exú individualizado, só pode ser assentado no Odú Ijê, é de culto restrito pois são poucas as casas que detem o conhecimento, normalmente os Abiaxés assentam quando nascem DENTRO da casa do candomblé.
Há o Exú que acompanha o Orixá e só deve ser assentado quando o Orixá também for assentado e também na iniciação. Exu bara logiki, esse Exú pode acompanhar mais de um Orixá, dentre eles Ogun, Lufã .
Exú é o Senhor dos Caminhos. (Não importa se são os caminhos que levam a uma casa, um mercado, uma cidade inteira, ou um país - Exú é sempre senhor dos caminhos). Existe o que chamamos de "exú pessoal" de cada um, o exú do "nosso" caminho particular. A esse Exú chamamos - dentre vários nomes - de Exú Bára ou Bará (que quer dizer "exu dos humanos" ou "exú do nosso corpo humano".
Esse exú nada tem a ver com os exús que chamamos de "compadres, comadres, catiços, pombas-giras" etc... Estes últimos são "almas" mas o Exú Bara vive conosco, colado conosco, desde o ventre, nasce conosco.
Em qualquer tempo, é muito importante que estejamos "protegidos" e "amigados" com nosso exú pessoal, pois ele agirá em nós, como um "anjo da guarda" nos protegendo dos perigos e ciladas da vida e nos ajudando a abrir caminhos.
Todo mundo tem seu exú pessoal. Pode ser homem, mulher, criança, pode ser da religião, pode ser de fora da religião, pode ser crente (que acredita) e pode ser ateu - o exú guardião está sempre lá acompanhando a pessoa onde quer que ela vá. Óbvio, que digamos, se este exú é um amigo nosso, se a gente o tratar bem, ele ficará feliz conosco, agradecido pelo reconhecimento, se o tratarmos mal ou o ignorarmos - ele pode ser que não faça nada de mal, exceto, "afastar-se" de nós, como um amigo magoado. Ficaremos então, no mínimo, imunes de sua proteção e amizade e aí, entregues, talvez, à contratempos.
Esse amigo está dentro de nosso corpo -como eu disse.
Mas, também está "solto" para nos proteger nos caminhos onde andamos. Se ele é o Senhor dos Caminhos, é natural que vá a nossa frente para nos proteger, guardar e guiar.
Não existe exú bára fêmea. Ele é sempre macho. Mesmo que o seu filho, seja homem ou mulher. Ele foi designado pelo Ser Supremo para nos guardar.
Mas, exú é também MOVIMENTO, como uma esfera, que corre no espaço, ultrapassa todas as fronteiras e barreiras e pode estar em todos os lugares - com uma velocidade que nada compara. Como se, de fato, se movesse em "anos-luz". Diríamos....Eu acredito na força de exú. Ele, dizem os mais antigos, é chamado de "vento, pó ou poeira" porque ele se move como vento, e está presente aos locais, como se fosse um grão de pó ou poeira. Quase invisível. Ele tudo sabe, tudo vê, tudo comanda.
Por isso para exú não há tempo, local, hora, lugar, dentro, fora, cima, baixo, nada que o impeça....apenas não gosta de chuva, dizem os mais velhos.... por isso é um interdito cultuar exú na chuva.
Exú é senhor do caminho e das estradas e eu gosto de cultuar na natureza, nas estradas de barro, no meio da noite. Ele é o senhor da noite e do dia, mas gosta mais (convencionou-se) das horas da noite, também chamadas "horas grandes" pelo grande poder mágico destas horas.
Assim, sendo, já explicado, aceite meu conselho, cultue seu exú pessoal hoje e sempre e seja feliz!
OBS: SOBRE EXÚ NO JOGO DE BÚZIUS...
Pela manhã, antes do sol nascer, O olhador, deverá estar de roupa clara, descalço e com as yans[contas, guias] de seus orixás. Não deve beber ou fumar antes e durante o jogo. Deverá então pedir licença para o orixá que rege o dia da semana para abrir o jogo saudando todos os orixás, começando por "Exú " e finalizando com "Oxalá". Pedir a iluminação de "Ifá" pronunciando a seguinte oração em yorubá:
" Oduduá, Dadá, Orumilá
Babá mi Alari Ki Babá
Olodumarê Babá mi
Bakê Oshê
Bara Lonan
Kou Filé Babá mi
Emim Lo Shirê Babá
Ifá Benim Mojubaré
Ifá Orum Mojubaré
Exú Mojubá (Bater o pé direito tres vezes)
Okê Oxé
Ifá Agô
[saudar os 16 odús e depois os 16 orixás, começando com exú]....e tenha um bom jogo de buzius!
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