sábado, 25 de junho de 2011

CABOCLOS....

Os caboclos e caboclas, na Umbanda e no Candomblé de Caboclo, são representantes do mundo natural e dos espíritos. O termo “caboclos” pode derivar do tupi kara'ïwa, "homem branco", e oka, "casa", do tupi caa-boc, "o que vem da floresta" ou de kari’boca, "filho do homem branco". Originalmente se referia ao índio escravizado ou catequizado ou ao mestiço de branco e indígena, em oposição aos silvícolas resistentes à assimilação e cristianização, chamados pejorativamente de "bugres" ou "tapuias".
Na Umbanda, parece passar por um eufemismo respeitoso, dadas as conotações negativas do termo "índio" no século XIX, quando se formou o Candomblé de Caboclo, ou mesmo início do século XX, quando a Umbanda, influenciada por esse culto (e também pelo Catimbó, pelo Candomblé, pelo espiritismo kardecista e por outras correntes esotéricas), foi oficialmente inaugurada, em 15 de novembro de 1908, com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas no bairro de Neves, em Niterói (RJ), através do médium Zélio Fernandino de Moraes.

Os caboclos mais tradicionais são os "caboclos índios" ou "caboclos de penas". Outras figuras populares do folclore nacional foram gradualmente acrescentadas a essa categoria, que hoje inclui boiadeiros, ciganos, marinheiros e baianos.

Na concepção mais difundida, sistematizada por Matta e Silva nos anos 50, os caboclos e caboclas se organizam em falanges subordinadas a cinco dos orixás: Oxalá, Ogum, Xangô, Oxóssi e Iemanjá. Os três primeiros reúnem apenas caboclos, Iemanjá apenas caboclas e Oxóssi, caboclos de ambos os sexos....

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