sábado, 30 de outubro de 2010

..FALANDO DE YEMONJÁ....




Na África, o orixá que reina nos oceanos é Olokun e, segundo consta, é a mãe de Yemonjá. Ela, por sua vez, fixou seu reinado nos lagos (de água doce e salgada), enseadas, quebra-mares e na junção entre rios e mares (pororoca).
YEMANJÁ:Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou, Yèyé omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes).O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos em si mesma). Representa a gestação e a procriação. Em alguns mitos considera-se mulher de Òrányàn (descendente de Oduá e fundador de Oyó) de quem ela concebeu Sàngó (Ancestre dicino da dinastia dos Àlàfin de Òyó).A mãe dos orixás, esposa de Òrìnsànlá. No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemoja. Também a deusa do encontro das águas do rio e do mar.Alguns estudiosos dizem que a mais antiga é Iyá Sagba , que quer dizer, A Mãe que passeia sobre as ondas.
Segundo algumas fontes; Orixá dos rios e correntes, especialmente do Rio Ogun, na África seria filha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyian, fundador mítico de Oyó,em outras lendas teria sido esposa de Aganjú, e com ele teve um filho Orùngan, que a violou e dela são descendentes outros quinze orixás: Dadá, Sangó, Ògún, Olokun, Olosá, Oyá, Òsun , Obá, Oko, Oke, Saponan; Òrun (sol) e Osupá (lua); Ososo e Aje Saluga (orixá da riqueza). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos (ibù) do rio. Falam de 7 qualidades: ,outros falam de 16 qualidades,vou falar de algumas que eu conheço seus nomes ,porém diferem conforme o aASé.
 1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)    Considerada a nova guerreira, dona da espada, esposa de Ogum ferreiro (Alagbedé) e mãe de Ogum Akorô e Oxóssi. O seu nome significa aquela que contém Ogum. Vive perto das praias, no encontro das águas com as pedras. Traz na cintura um facão e todas as ferramentas de Ogum. Veste branco; azul marinho, cristal, ou verde e branco.
Yemanjá Maleleo ou Maiyelewo: Esta Yemanjá vive no meio do oceano no lugar onde se encontram as sete correntes oceânicas.
Yemanjá Yinaé ou Malelé: Aquela que os filhos sempre serão Oxum e Obaluaiyê. Veste branco, verde água peixes. Também conhecida como Marabô, mora nas águas mais profundas. É a sereia, ligada à reprodução dos peixes; vem sempre a beira do mar apanhar as suas oferendas; está ligada a Oxalá e Exú.
Yemanjá Konla: O seu mito conta que ela afoga os pescadores. 
2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)
3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun) Iyá Sessun é uma Yemonjá muio voluntariosa e respeitável devido a suas ligações são com todas Ayabas velhas, bem adarubô. Tem também ligação com Omulu, visto que ela e Ya sobá foram, em seus estágios, quem criou obaluae e colocou xaoros em seus pés. Ligada à gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiyê e Ogum. Além do próprio assentamento, tem que se assentar e suas contas branco cristal.
4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa
5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)
6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)  Yemanjá Iya Masemale ou Iamasse: É a mãe de Xangô e DIZEM ALGUMAS LENDAS quem cuidou de Oxumarê. Esposa de Oranian e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho Xangô. As suas contas são branco leitosas, rajadas de vermelho e azul.
7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá) Iyemoyo, Awoyó; Yemuo; Iemowo: É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá, o seu fundamento está no ori, representa a vida, pode curar doenças da cabeça. Veste branco e cristal.
8]Yemanjá Odo: Tem aproximação com Oxum, e vive na água doce sendo muito feminina e vaidosa.
9]Yemanjá Olossá ou Bosá: Come com Oxum e Nanã. Veste verde-clara e suas contas são branco cristal. É a Yemanjá mais velha da terra de Egbado.
10]Yemanjá Oyo: Benéfica, muito feminina, saudada na cerimónia do Padê, veste de branco, rosa e azul claro.
11]IYÁ AGRIBOLÁ : cultuada no axé Opô Afonjá, orixá de mãe BIYI, mãe Aninha. E´ da nação gunsi que imigrou para Gana. misteriosa, não gosta de barulho e nem de luz.
Bem , claro que existem conhecimentos de outras marcas[qualidaes] de yemonjá,mas creio que apenas essas já bastam´para ajudar a entender um pouco mais dessa yabá tão linda!

Seu maior símbolo..................âncora, barco, peixe, remo.
suas plantas......................................colônia, aguapé, lágrima de Nossa Senhora.
seu dia....................................sábado
sua cor....................................cristal, azul claro
seus símbolos...........................leque (abebé) com sereia, concha
seu mineral..............................prata
seus elementos.........................água
saudação..................................Odôyabá!  Odó Iyá !
Domínios:..................................mar  comidas:...................................peixe, camarão, canjica, arroz, manjar; mamão.    Arquétipo dos filhos:  Os filhos de Iemanjá são fortes, altivos, rigorosos, algumas vezes impetuosos e arrogantes, facilmente irritáveis, mudam de humor de um instante para o outro; são capazes de perdoar uma ofensa mas não de esquecê-la. São sérios, maternais e preocupados com os outros.
Maternais, amorosas, inteligentes, disponíveis, trabalhadoras, sensitivas, bonitas, corajosas, sutis, elegantes.
Manhosas, choronas, faladeiras, nervosas, revoltadas,  dissimuladas.
O tipo psicológico dos filhos de YEMANJÁ é imponente, majestosa e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade  e dotado de irresistível fascínio (o canto da sereia). As filhas de YEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (Omulu). Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São  possessivas e muito ciumentas. YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI,confundida com YÁ ORI.
Têm  o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas,   Preocupam-se com os outros, são maternais  e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm  tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto. 

...FALANDO SOBRE OSSÃIYN [OSSÃE]




Ossãe recusa-se a cortar as ervas miraculosas Ossãe era o nome de um escravo que foi vendido a Orumilá. Um dia ele foi à floresta a lá conheceu Aroni, que  sabia tudo sobre as plantas. Aroni, o gnomo de uma perna só, ficou amigo de Ossãe e ensinou-lhe todo o segredo das ervas.  Um dia, Orumilá, desejoso de fazer uma grande plantação, ordenou a Ossãe que roçasse o mato de suas terras.  Diante de uma planta que curava dores, Ossãe exclamava: "Esta não pode ser cortada, é as erva as dores". Diante de uma planta que curava hemorragias, dizia: "Esta estanca o sangue, não deve ser cortada". Em frente de uma planta que curava a febre, dizia: "Esta também não, porque refresca o corpo". E assim por diante. Orumilá, que era um babalaô muito procurado por doentes, interessou-se então pelo poder curativo das plantas e ordenou que Ossãe ficasse junto dele nos momentos de consulta, que o ajudasse a curar os enfermos com o uso das ervas miraculosas. E assim Ossãe ajudava Orumilá a receitar a acabou sendo conhecido como o grande médico que é. Ossãe dá uma folha para cada Orixá  Ossãe, filho de Nanã e irmão de Oxumarê, Ewá e Obaluaiê, era o senhor das folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os orixás recorriam a Ossãe para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossãe na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossãe oferecer seus sacrifícios. Em troca Ossãe lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abô, beberagens.
Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febres, órgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males.
Mitologia
Ossãe e filho de Nana, irmão de Obaluaê, Oxumarê e Ewá. Sempre foi muito circunspeto, introvertido, pensativo. Ainda jovem, partiu para floresta – que sempre  o atraiu – e lá estudo as plantas, as árvores e aprendeu o segredo das ervas, cuidando dos animais feridos e fazendo experiências. Deteve, assim, o domínio do poder das ervas. E sempre que algum outro Orixá precisava de uma planta, de uma erva, devia, em primeiro lugar, pedir autorização a Ossãe, e o senhor do verde. Xangô, Rei de Oyó, achando que todos deveriam ter o conhecimento das ervas, pediu à Iansã, Senhora dos ventos, que convencesse Ossãe a dividir com os demais Orixás os mistérios e os segredos do uso da planta. Ela, por sua vez partiu para a floresta, sacudiu sua saia e fez gerar uma forte ventania, espalhando as folhas por todo o reino de Oyó e outro como Ketu, Ifé, Oxogbô, Abeokutá, Numpé, etc. Ossãe assistia a tudo de forma impassível. Via suas folhas indo em direção a todos os reinos, sem dizer uma palavra. No fundo, o alquimista sabia que estava dividindo as plantas, as espécies e nada podiam fazer diante de tão forte ventania. Vitoriosa,  Iansã voltou ao reino de Xangô, certa do dever cumprido. Na floresta, Ossãe lamentava o vento que espalhara suas folhas, mas, intimamente, sorria de forma irônica e comentou consigo mesmo: - De que adianta as folhas, sem o segredo? De que adianta possuir a erva, sem o mistério? De que adianta possuir o ingrediente mágico, sem o poder de gera a magia? Assim, Ossãe continuou como o mestre das ervas. Embora os outros  Orixás também tenham suas folhas, ficou com Ossãe o segredo e a forma de encantá-la. De nada adiantou terem as folhas, se não sabiam usá-la ou aplicá-las. Para isso, continuaram a depender de Ossãe que, sabendo perdoar, continuou a curar, a dar receitas para gerar o encantamento, pois nada podia ser feito sem as ervas. Nenhum ritual daria certo sem o encanto  das folhas, como até hoje. Por isso, o africano nos ensinou, através de um Oriké (verso sagrado) o que significo, exatamente, o poder de Ossãe: “Sem folha não há orixá, não há o Axé!”  (Kosi ewe, kosi orisa, diz o ditado iorubano)
As atividades de Ossãe são cercadas de cuidados quase ritualísticos. Para que um iniciado possa recolher as ervas necessárias ao culto a ser realizado, deve-se abster de qualquer bebida alcoólica e de relações sexuais na noite que precede a colheita. As folhas devem ser colhidas na floresta virgem, sempre que possível. Antes de penetrar na mata, o iniciado deve pedir licença a Oxossi e a ossãe, para isso acender vela na entrada, com o cuidado de limpar a área onde ficarão as velas.
Ossãe tem uma aura de mistério em torno de si, da mesma forma que a sua especialidade, apesar de muito importante, não fazer parte das atividades cotidianas como a luta, a conquista, a comunicação ou a caça. Constituindo-se mais uma técnica, um ramo de conhecimento que é empregado quando necessário, a cura é invocada no caso de doença, com o auxílio de Obaluayê (Omulu). Orixá de sexo masculino, que em muitas histórias é apresentado como uma figura de uma perna só, confundindo-se com "Aroni" um anãozinho, que assim como o nosso Saci-Pererê, tem sempre na boca um cachimbo. Os filhos de Ossãe são pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções. Daquelas que não permitem que suas simpatias e antipatias intervenham nas suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. Além disso, são reservados, raramente intervindos em questões que não lhe digam respeito, não sendo necessariamente introvertido, mas não se faz notar pela atividade social. Certa aura de mistério sobre o passado, pode estar presente mesmo quando este passado não tem mais nada a esconder.













 
R.: Ossãe tem um grande fundamento com yá kojuagbá, qualidade de oxum não raspável, 

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

.......FALANDO SOBRE OSUN [OXUM]




Filha de Orunmilá e Yemanjá, conta-se ainda que ela foi a primeira Yaba, ou seja, a primeira zeladora de santo, raspando a cabeça da galinha de angola e que colocou o primeiro adocho (coroa), dando assim aos seus descendentes a forma atual. Por isso em todos os fundamentos dos Eleguns, o adocho faz parte do ritual. Oxum foi a segunda mulher de Xangô. A primeira chamava-se Oiá-Iansã e a terceira Obá. Oxum tem o humor caprichoso e mutável. Alguns dias, suas águas correm aprazíveis e calmas, elas deslizam com graça, frescas e límpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetação. Numerosos vãos permitem atravessar de um lado a outro. Outras vezes suas águas, tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas. Ninguém poderia atravessar de uma margem à outra, pois ponte nenhuma as ligava. Oxum não toleraria uma tal ousadia! Quando ela está em fúria, ela leva para longe e destrói as canoas que tentam atravessar o rio.
Conta-nos uma lenda, que Òsùn queria muito aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, para tanto, foi procurar Èsù, para aprender os princípios de tal dom.
Èsù, muito matreiro, falou à Òsùn que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Òsùn sobre os domínios de Èsù durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria. E, assim foi feito, durante sete anos Òsùn foi aprendendo a arte da adivinhação que Èsù lhe ensinará e consequentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Èsù. Findando os sete anos, Òsùn e Èsù, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Òsùn resolveu ficar em companhia desse Òrìsà. Em um belo dia, Sàngó que passava pelas propriedades de Èsù, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Òsùn. Foi-se a tal ponto que Sàngó, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó . Òsùn rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Èsù. Sàngó então irado e contradito, sequestrou Òsùn e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Èsù, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Sàngó, Èsù foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Òsùn, triste e a chorar por sua prisão e permanencia na cidade do Rei.
Èsù, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Òrùnmílá, que de pronto agrado lhe sedeu uma poção de transformação para Òsùn desvencilhar-se dos dominíos de Sàngó.
Èsù, atravez da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Òsùn tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voôu e pode então retornar a casa de Esù. Osun era filha de Orunmilá. Um dia casou-se com Sango, indo viver em seu palácio. Logo Sango percebeu o desinteresse de Osun pelos afazeres domésticos, pois a rainha vivia preocupada com suas jóias e caprichos.Aborrecido, Sango mandou prendê-la numa torre, sentindo-se livre novamente. Esú, vendo a situação de Osun correu e contou a seu pai Orunmilá que, fazendo deste seu mensageiro, entregou-lhe um pó mágico que deveria ser soprado sobre Osun..Esú, que se transforma no que quer, chegou ao alto da torre e soprou o pó sobre Osun que, no mesmo instante, transformou-se num lindo pombo chamado Adabá, ganhando a liberdade e voltando à casa paterna.
    Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum é a Rainha de Ijexá. Orixá da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe. Oxum exerce uma ampla influência no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, além daquele espírito  maquiavélico que existe em todos nos. Dizem que “ a vingança é um prato que deve ser servido frio” e a articulação da vingança e seus pormenores tem a influência  desta força da Natureza. No bom sentido, Oxum é o “veneno” das palavras, é o comportamento piegas das pessoas, é a forma “metida”, esnobe, apresentada, principalmente pelo sexo feminino. Oxum é o cochicho, o segredinho, a fofoca. Geralmente está presente quando um grupo de mulheres se reúne. É o seu habitat, pois está encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentários, nas intriguinhas. Oxum rege o charme, o it, a pose. Tudo que está ligado à sensualidade, à sutileza, ao dengo, tem a regência de Oxum. Esta força é que desenvolve tais sentimentos e comportamentos nos indivíduos, sendo o sexo feminino o mais influenciado. Oxum também é o flerte, o namoro, a paquera, o carinho. É o amor, puro, real, maduro, solidificado, sensível. Oxum não chega a ser a paixão. Esta é Iansã . Oxum é o amor, aquele verdadeiro. Ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e românticos. Realmente, Oxum é a Deusa do Amor. Sua força está presente  no dia-a-dia, pois que não ama de verdade? Embora o  mundo de hoje esteja tumultuado demais, ainda existe espaço no coração do homens para o amor. Ele ainda existe, e Oxum é quem  gera este sentimentos mágico. Aliais, Oxum está muito intimamente ligada à magia. É sabido pelo povo do  candomblé que o filhos de Oxum são muito chegados ao feitiço. E isso tem explicação: Oxum é a divindade africana mais ligada às Yámi Oxorongá, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia. Por isso, os filhos de Oxum são tão poderosos nesta arte. Mas a magia está  presente em quase tudo que fazemos, principalmente no que se refere ao coração, ao sentimento. Oxum é o encanto desses momentos, sua presença se dá nessas horas. Oxum é os sentimentos doces, equilibrados, maduros, sinceros, honestos. É o sentimento definitivo, aquele que dura a toda a vida. Oxum é a paz no coração, é o saber que “amo e sou amado”. Mas ele se encanta também na manha, no denguinho feminino, na vontade de ter algo, apenas por ter. Ela é o mimo, a menininha mal acostumada. É a sensualidade do “biquinho” feminino, quando quer uma coisa. É o charme! Oxum também é a água doce, o olho d’água, onde encanta seu filho Logun-Éde. É a cachoeira, o rio, que também tem a regência de seu filho. É a queda da água da cascata. Regente do ouro, ela está presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regência absoluta. É a protetora dos ourives. Oxum é o próprio outro, e está presente em todas as peças e jóias feitas com este metal. Entretanto, a regência  mais fascinante de Oxum é a fecundação, melhor, o processo de fecundação. Na multiplicação da célula mater – que vai gerar a criança, a nova vida no ventre – Exu entrega a regência  para Oxum, que vai cuidar do embrião, do feto, até o nascimento. É Oxum que vai evitar o aborto, manter a criança viva e sadia na barriga da mãe. É Oxum que vai reger o crescimento desta nova vida que estará, neste período de gestação, numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É sem duvida alguma, uma das regências mais fascinantes, pois é o inicio, a formação da vida. E Oxum “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entregará para Yiá Ori (Iemanjá), que dará destino àquela criança. Como disse antes, Oxum é uma força da Natureza muito presente em nossas vidas, já que todos nós fomos gerados no útero materno; todos nós convivemos, ainda na barriga da mãe, com Oxum e, num breve sentimento de carinho e amor, estaremos desenvolvendo esta força dentro de nós. Oxum é o amor e a capacidade de sentir amor. E se amamos algo ou alguém é porque ela está viva dentro de nós.
Mitologia Filha de Oxalá, Oxum sempre foi uma moça  muito curiosa, bisbilhoteira, interessada em aprender de tudo. Como sempre fora mimosa e manhosa, além de muito mimada, conseguia tudo do pai, o deus da brancura. Sempre que Oxalá queria saber de algo, consultava Ifá. O Senhor da adivinhação, para que ele visse o destino  a ser seguido. Ifá, por sua vez, sempre dizia à Oxalá: - Pergunte a Exu, pois ele tem o poder de ver os búzios! E este acontecimento se repetia a cada vez que Oxalá precisava saber de algo. Isto intrigou Oxum, que pediu ao pai para aprender a ver o destino. E Oxalá disse à filha: - Oxum, tal poder pertence a Ifá, que proporcionou a Exu o conhecimento de ler e interpretar os búzios. Isto não pode lhe dar! Curiosa Oxum procurou, então, uma saída. Sabia que o segredo dos búzios estava com Exu e procurou-o para lhe ensinasse. - Ensina-me, Exu! Eu também quero saber como se vê o destino. Ao que Exu respondeu: Não, não! O segredo é meu, e me foi dado por Ifá. Isso eu não ensino! Exu estava intransigente. Oxum sabia disso e sabia que não conseguiria não conseguiria nada com ele. Partiu, então, para a floresta, onde viviam as feiticeiras Yámi  Oxorongá. Cuidadosa, foi se aproximando pouco a pouco do âmago da floresta. Afinal, sua curiosidade e a decisão de desbancar Exu eram mais fortes que o medo que sentia. Em dado momento deparou-se com as Yámi, empoleiradas nas árvores. Entre risos e gritos alucinantes, perguntaram À jovem Oxum: - O que você quer aqui mocinha? - Gostaria de aprender a magia! Disse Oxum, em tom amedrontado. - E por que quer aprender a magia? - Quero enganar Exu e descobrir o segredo dos búzios! As Yámi, há muito querendo “pegar Exu pelo pé”, resolveram investir na jovem Oxum, ensinando-lhe todo o tipo de magia, mas advertiram que, sempre que Oxum usasse o feitiço, teria que fazer-lhes uma oferenda. Oxum concordou e partiu. Em seu reino, Oxalá já se preocupava com a demora da filha que, ao chegar, foi diretamente ao encontro de Exu. Ao encontrar-se com este, Oxum insistiu: - Ensina-me a ver os búzios, Exu? - Não e não! Foi sua resposta. Oxum, então, com a mão cheia de um pó brilhante, mandou que Exu olhasse e adivinhasse o que tinha escondido entre os dedos. Exu chegou perto e fixou o olhar. Oxum, num movimento rápido, abriu a mão e soprou o pó no rosto de Exu, deixando-o temporariamente cego. - Ai! Ai! Não enxergo nada, onde estão meus búzios? Gritava Exu. Oxum, fingindo preocupação e interesse em ajudar, perguntou a Exu: - Eu os procuro, quantos búzios, formam o jogo? - Ai! Ai! São 16 búzios. Procure-os para mim, procure-os! - Tem certeza de que são 16, Exu? E por que seriam 16? - Ora, ora, porque 16 são os Odus e cada um deles fala 16 vezes, num total de 256. - Ah! Sei. Olha, Exu, achei um, ele é grande! - É Okanran! Ai! Ai!  Não enxergo nada! - Olha, achei outro, é menorzinho. - É Eji-okô, me dê, me dê! - Ih! Exu,. Achei um compridinho! - E Etá-Ogundá, passa para cá.... E assim foi , até chegar ao ultimo Odu, Inteligente, oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino. Atrás de si, deixou Exu com os olhos ardidos e desconfiados de que fora enganado. - Hum! Acho que essa garota me passou para trás! No reino de Oxalá, Oxum disse ao seu pai que procurara as Yámi, que com elas aprendera a arte da magia e que tomara  de Exu o segredo do Jogo de Búzios. Ifá, o Senhor da adivinhação, admirado pela coragem e inteligência de Oxum, resolveu dar-lhe, então, o poder do jogo e advertiu que ela iria regê-lo juntamente com Exu. Oxalá quis saber ao certo o porquê de tudo aquilo e pediu explicações à filha. Meiga, Oxum respondeu ao pai: - Fiz  tudo isso por amor ao Senhor, meu pai. Apenas por amor!              QUALIDADES DE OSUN [OXUM]
OXUM IPONDÁ,esposa de Ode Inle, mãe de Logum-ede.Porta leque e espada é muito gerreira.Vive no mato com seu marido Ode Inle.Veste amarelo ouro e azul claro na barra da saia.Relacionada com o fogo e aos cemiterios,tem ligaçao com egun.A pata e a sua maior quizila,seu bicho de fundamento e a tartaruga.E um jovem da cidade de Iponda.Tem ligação com Ogum,Oyá,Ode e Oxaguiyan  .Come com Yemanja e Oxala. Alguns dizem que é companheira de Omolu,muito feiticeira tendo ligaçao com o fogo tambem. Rainha na cidade de Pondá, dona do rio Pondá, Yeye Ipondá rivaliza com yeye Opará quando seus rios se encontram.
Yeye Ipondá é guerreira, vaidosa ao excesso, aponta sua espada para qualquer um e desafia o intruso. Muito ligada a Ogun Owárìs e Igbòalama, também aprecia roupas douradas c/ branco e não responde no jogo mais de uma vez, ou seja, se ela responder entenda rápido pois ela não repetirá o que já respondeu. Se irrita ao ser puxada numa roda de candomblé, gosta de ser a primeira se tiver outra Oxum na sala e conte com ela sempre quando se tratar de uma criança. Não perdoa um filho que não respeita ou quebra os seus preceitos e sua liturgia
KARE:que vive literalmente do lado de Ode, so come com ele, tudo dela ou para ela, deve conter Ode.  É  muito guerreira,mas sua arma e o Ofa,muito bonita,jovem,autoritara e agressiva.Veste saia branca com forro amarelo claro.Tem fundamentos com,Ode,acompanha,Yemanja e Oxala.Come na lagoa e no encontro do rio com o mar.Kare e um de seus titulos,na verdade Kare tem seu propio nome que muitos poucos conhecem.Tem ligaçao com Oya.
“Oxum YeYe oke é uma Oxum ligada a Oxossi(Ode em algumas roças).
em algumas casas, são vistas como caçadora, as outras como guerreira. Tudo por causa da ligação com Oxosse.
Seu nome Ye oke, dizer “a beira do lago esperando Oxossi”. Oxossi a enrolou, namorando anos e não casando.,YEYEIYANLÁ vive na lagoa e é parceira de Ogum, na forja,e vive com osogiyan e não come dendê, veste branco, mora em cima do pilão do osogiyan. Oxun Ayalá! Iya ancestral que tem grande ligação com as Iya-Mí, tem ligação com Ogun, Oxaguian. Com ela todo cuidado é pouco! .Ayalá: veste branco ligada as Iyá.Mí, Ogun Alagkoro ou ogun Elegbede,muito poderosa e guerreira.  que Oxun Iyan’lá ou Iyalá como é mais conhecida é um mistério em todos os sentidos principalmente no amor, porém, ela não vem em cabeça de homens pois é ligada as Iyamis.
.IBERIN (Merimerin): Nova, Imponente meiga e elegante
.MOUWO: ligada as Iya-Mí, Babá Olokun
.POPOLOKUN: Culto antigo a beira da Lagoa(dizem que não sobe a cabeça)
.OLOKÓ: Guerreira , vive na floresta em poços
.Abiá: Iyá Ominibú, talvez a mesma Abalo a mais velha
.Ajajira: Guerreira, talvez a mesma Ajagura
Em Osogbò, a padroeira é Oxun Gbo e, é também protetora das mulheres parturientes.
há lendas de Otim, que falam que Ela era uma caçadora ou que gostava de caçar e que tinha tres seios e por isso era “discriminada” ou motivo de chacota, (estou usando termos bem populares) e por conta disso se refugiou na floresta etc etc etc. Como o culto a Otim tb foi absorvido pelo culto de Oxossi, mas sendo Otim um Orixá feminino assemelhado a Oxum, ora Otim é visto/citado como Oxosssi e ora é visto/citado como uma Oxum caçadora. O que eu em particular vejo, é que este caso, Otim, é identico aos casos de Onira e Ayrá, que são Orixás distintos mas que por terem tido seus cultos perdidos ou muito pouco difundidos aqui no Brasil, foram absorvidos pelos cultos de Oyá e de Xangô respectivamente. Mas o que vejo hoje é um movimento no sentido de resgatar seus cultos individuais e acho que isso tb vai ocorrer com Otim. Oxun Iyá Aboto,  está muito ligada a Iya-mi Osorongá. (as ajés feiticeiras) ,. Oxun Abotô tem ligações com Omolú, Nanã e as Iyamís.
! Oxun muito ligada a Yemanjá é Abalô que, para alguns sua energia se encontra no encontro da água do rio com o mar. E soberana carrega Ogun e Oxóssi, tem parte com Oyá, etc…Oxun que caminha com Oxalufan é Yeye Abalô, veste branco com nuances amarelos, Iyabá das mais velhas entre todas as Oxuns, as pessos dessa Oxun são parecidas até em seu arquetipo com as de Oxalufan, enganam até os melhores Olhadores, Oxun e seus mistérios…todo cuidado com essa Iyabá é pouco. Por conta diss, Ogun é que se apresenta sempre se interpondo em defesa. O culto de Oxun Popolokun não chegou ao Brasil, Oxum que rege as águas doce das lagoas dos rios em África. Os antigos diziam que essa Oxun era apenas cultuada (como uma deusa) e não vem à cabeça de ninguém. Oxun Opará pode ser assentada na louça e colocá-la dentro do tacho. A guerreira Oxun Ajagúra ou Ajagurá, é conhecida por ser “Guerreira das águas”. Conta a lenda que foi ela que envenenou as águas do rio para que quando o exército do inimigo fosse parar para beber água todos morrecem envenenados e assim aconteceu e sua cidade não foi atacada. Ardilosa e inteligente são seus filhos, premeditam os acontecimentos e se precaveem de tudo. Oxun Ajagúra ou Ajàgùrá é uma guerreira, tem culto próprio, antes do seu Orô assenta-se Ogun. Quanto a Oyá e Xangô, ficará por conta do zelador saber se esses Orixás estão no caminho da pessoa, em seu enredo. por ter culto próprio, Onirá, Senhora de Irá é vista também como uma Oxun, porém, em Irá, atualmente, é Oyá a grande padroeira da cidade de Irá, talvez por ter seu culto ligado as águas, por ser a mais quente dentre as OLoyás, apazigua-se nas águas doce na beira dos rios, a Senhora dos redemoinhos, como é observado em suas cantigas, provocado pela fôrça dos ventos de Onirá. Vê-la vestida de rosa claro dançando levemente no barracão com toda docilidade, lembra de sobre maneira mãe Oxun, talvez assim deseja-se ser. Onira é uma qualidade de Oyá na maioria das casas de candomblé Ketu/Nagô, sua energia só se apazigua nas águas por ser de uma energia muito quente, o início de seu orô é feito nas águas onde ela rompe e assim é trazida para a iniciaçãoÒSUN ABALU (Agba ilu) é uma velha òsun, a mais idosa de todas, e chefe das mulheres. Maternal avó amorosa é uma mulher que tem numerosos filhos e netos. Mas é bastante severa e autoritária. Usa azul claro. E abèbé
- ÒSUN IJIMU (ou Ajímu, ou Jimu) é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro ou cor de rosa. Leva abèbé e seus colares são feitos de contas de cristal amarelo escuro. Representa um tipo semelhante a Abalu, mas talvez mais meiga.
- IYA OMI é a òsun saudada no siré, também idosa. É aquela que faz as perguntas a Esu no jogo divinatório de Ifá.
- ÒSUN ABOTO é uma òsun muito jovem e vaidosa, que usa colares de contas de louça amarelo claro.
- ÒSUN APARÁ seria a mais jovem das Òsun, e um tipo guerreiro que acompanha Ògún (ou Sàngó) vivendo com ele pelas estradas; dança com ele quando se manifestam, juntos numa festa; leva uma espada na m ão e pode vestir-se de cor de rosa.


ÒSUN AJAGURA, outra òsun guerreira que leva espada, jovem, casada com Aganju, rival de Yasan. Representa um tipo semelhante a Apará; Apara parece, porém mais agressiva, e Ajugura mais orgulhosa.
- YEYE OKE é, provavelmente, a mesma que Yeye Loke, tipo muito guerreiro.
- YEYE PONDÁ (ou òsun Ipondá ) é também uma òsun Guerreira, casada com Òsòsi Iboalama, mãe de Logun Edé . Yeye Pondá é a verdadeira òsun ijesa que veio de Ijesa ou de Ipondá Vive no mato com o marido, leva uma espada e veste-se de amarelo ouro. E desconfiada, astuta, observadora, intuitiva.
- YEYE ODO é a òsun das fontes; talvez seja a mesma que íyá mi Odo ou Iya Nodo, um tipo Yemánjá.
- YEYE OGA é uma òsun velha e rabugenta.                            
- YEYE KARÉ é um tipo de òsun mais velha, autoritária é guerreira e agressiva.
- ÒSUN Ê WUJ Í é uma òsun maternal e generosa, saudada no pàdé






terça-feira, 26 de outubro de 2010

....FALANDO DE ESÚ[EXÚ]


Qualidades do Orixá Exu

Sobre a multiplicidade de EXÚ
Vamos separar a qualidade como é chamada no Brasil e em Portugal (em Cuba chama-se caminhos), dos títulos e de nomes tirados de cantigas como insistem pseudo sacerdotes.
Já sabemos que os orixás são venerados com outros nomes em regiões diferentes como: Iroko (Yoruba), Loko (Gege), Sango (Oyo), Oranfe (Ife), e isso torna o culto diferente.
Temos também o segundo nome designando o seu lugar de origem como Ogun Onire (Ire), Osun Kare (Kare),etc, também temos os orixás com outros nomes referentes às suas realizações como Ogun Mejeje que se refere às lutas contra as 7 cidades antes de invadir Ire, e Iya Ori, a versão de Yemanja como dona das cabeças, etc.
Há portanto uma caracterização variada das principais divindades, ou seja, uma mesma divindade com vários nomes e, é isso que multiplica os orixás no Brasil e em Portugal . Exu o primeiro orixá criado por Olorun de matéria do
planeta segundo a sua mitologia, ele possui a função de executor, observador,
mensageiro, líder, etc. Alem dos nomes citados aqui, que são epítetos e nomes de cidades onde há o seu culto, ele será batizado com outros nomes no momento do seu assentamento, ritual especifico e odu do dia. Não será escrito na grafia Yoruba para melhor entendimento do leitor.
Qualidades de Exu
Oba Iangui: o primeiro, foi dividido em varias partes segundo os seus mitos.
Agba: o ancestral, epíteto referente à sua antiguidade.
Alaketu: cultuado na cidade de ketu onde foi o primeiro senhor de ketu.
Ikoto: faz referencia ao elemento ikoto que é usado nos assentos. Esse objecto
lembra o movimento que Exu faz quando se move ao jeito de um furacão.
Odara: fase benéfica quando ele não está transitando caoticamente.
Oduso: quando faz a função de guardião do jogo de búzios.
Igbaketa: o terceiro elemento, faz alusão ao domínios do orixá e ao sistema
divinatório.
Akesan: quando exerce domínios sobre os comércios.
Jelu: nessa fase ele regula o crescimento dos seres diferenciados. Culto em
Ijelu.
Ina: quando é invocado na cerimónia do Ipade regulamentando o ritual.
Onan: referencia aos bons caminhos, a maioria dos terreiros tem-no, seu fundamento, reza que não pode ser comprado nem ganho e sim achado por acaso.
Ojise: com essa invocação ele fará a sua função de mensageiro.
Eleru: transportador dos carregos rituais onde possui total domínio.
Elebo: possui as mesmas atribuições com caracterizações diferentes.
Ajonan: tinha o seu culto forte na antiga região Ijesa.
Maleke: o mesmo citado acima.
Lodo: senhor dos rios, função delicada, dado a conflitos de elementos
Loko: como ele é assexuado nessa fase tende ao masculino simbolizando virilidade e procriação.
Oguiri Oko: ligado aos caçadores e ao culto de Orumila-Ifa.
Enugbarijo: nessa forma Exu passa a falar em nome de todos os orixás.
Agbo: o guardião do sistema divinatório de Orumila.
Eledu: estabelece o seu poder sobre as cinzas, carvão e tudo que foi petrificado.
Olobe: domina a faca e objetos de corte. É comum assenta-lo para pessoas que
possuem posto de Asogun.
Woro: vem da cidade do mesmo nome.
Marabo: aspecto de Exu onde cumpre o papel de protetor Ma=verdadeiramente,
Ra=envolver, bo=guardião. Também chamado de Barabo= esu da proteção, não confundi-lo com seu marabo da religião Umbandista.
Soroke: apenas um apelido, pois a palavra significa em português aquele que fala mais alto, portanto qualquer orixá pode ser soroke.




..FALANDO DO ORISÁ JAGUM


Jagun Orixá Agbará Esé Egi Iroko
Segundo as lendas e itans, conta-se que Jagun, era Guerreiro dos Exércitos de Obatalá e que foi enviado às Terras de Omolú para lutar pela páz em nome de Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações como “Qualidade de Omolú”, por ter passado vários anos em terras de Omolú.  Trata-se de um Orixá Funfun, pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá separado de Omolú. Antes dele ter ido para as terras de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun teve passagem não só nas terras de Omolú, mas também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô (Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun responde no Odú Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no qual também respondem outros Guerreiros Brancos como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu Okaran.
Os filhos de Jágun, tem aparência jovem, são autoritários, arrogantes, guerreiros, justiceiros, briguentos e agitados, fortes na adversidade, costumam fazer tudo à sua maneira, ouvem conselhos dos outros, mas costumam seguir sua própria vontade…São pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exigem asseio, limpeza; são pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; são dados a paixões violentas e passageiras, são curiosos, adoram viajar. Possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos. Possuem comportamento delicado, são honestas, dedicadas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar e defender os amigos. Quando são repudiados ou sofrem algum tipo de traíção podem se tornar extremamente vingativas e amargas. Apesar de serem guerreiras e obstinadas, as pessoas de Jágun, às vezes se isolam preferindo ambientes calmos e tranquilos. A personalidade dos filhos de Jágun é um misto de caracteristicas de Ogun, Omolú e Oxaguiã.
Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro, Soldado.
Jagun é um Orixá ambicioso, luta para conquistar posição alta sem ver de que maneira…Apesar de ser Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado como Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança prateada na mão e um facão ao adaga e muitas das vezes dependendo do caminho de Jagun ele usa até um ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o nomeia como o guerreiro de todas as armas veste-se somente de branco. Usa contas brancas rajadas de preto e dependendo da qualidade, intercalada com contas brancas, gosta também de contas feitas de buzios e marfin. Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá (Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já, Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá. Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao barracão é Oxaguiã. Ele é considerado o “protetor” e “guardião” de Oxalufã. Carrega consigo o Odú Ejionilê. Por ser considerado Orixá Funfun (branco) não leva azeite de dendê, e sim azeite doce , banha de ori, adin e as vezes mel e de preferencia a banha de Ori, suas comidas são todas brancas, aceita pipocas feitas na areia, bolas de inhame cozido, bolas de arroz, acaçá, obí funfun (claro), come também do Ebô (canjica) de Oxalá, assim como seus bichos também devem ser todos brancos, por ser ligado ao rei do pano branco (Obatalá ). Jágun dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun e principalmente Oxaguiã e Oxalufã. A dança de Jágun é extremamente guerreira, começa com movimentos lentos, dança empunhando sua lança e adaga, seu momento de “êxtase” é quando salta e se sacode todo empunhando a lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria guerreira nessa hora. Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos, deixava seus inimigos cegos após serem feridos por ela. Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro, assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam isso.
Conta o itan de Ogi-Ogbé/Okaran que existiam três irmãos: Já, Jágun e Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Obatalá, lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os Guardiões deste Orixá. Eram chamados de Guerreiros Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Obatalá. Eram considerados invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca perderam uma batalha sequer. Sempre muito unidos, nunca se separavam. Mas um belo dia, os três irmãos guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun. Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi, foi avisada que seu reino seria atacado. Oxun ficou desesperada e foi até Ifá para saber o que faria. Orumila mandou ela fazer um ebó,  sacrificar oito Igbis à Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas terras de Osogbo. Assim Oxun fez, quando os guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que Jagun foi para as terras de Omolú, Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre estão juntos, respondem um pelo outro, eles continuam a ser Guerreiros Brancos, ou seja, são considerados Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Páz. Deram essa característica guerreira aos seus filhos. É por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú, sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu alguns anos nas terras de Omolú e que lá encontrou uma linda mulher que também nao era das terras, mas estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela, tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher era Yewá . Lá, ele se juntou com o Orixá Osayn e passou a ser um grande curandeiro, e em tempos de guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as porções e ervas mágicas que Osayn o ensinou. Jagun teve uma trajetória muito grande e bonita nas terras de Omolú, mas depois de anos retornou as terras do Ekiti-Efon, onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se também que Jagun foi às terras de Osogbo, para destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha sua cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de Olooke ele fui buscá-la. Depois disso tudo ter acontecido, Jagun viveu anos nas terras de Omolu, Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso muitos acabaram se equivocando ao falar que foi Oxagyan quem deu as terras de Ekiti para Oxun, mas nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun de volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com Olooke seu pai. Orixá Olooke vendo o prejuizo que Jagun teve e o tempo que ficou em outras terras, por causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun Olu  (Guerreiro senhor ), para retribuir o tempo que Jagun ficou afastado de sua terra que tanto amava (Ekiti ). Orixá Jagun foi muito confundido com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse motivo que muitos de seus fundamentos se perderam, mas graças a Olorum, está sendo resgatado todos os preceitos e orôs..Jagun possui caminhos próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e outros….Jagun é um lindo Orixá de grande valor  e na verdade seu culto é separado de Obaluaye….
Aqui vamos relacionar alguns caminhos de Jagun ...
Jagun Arawê, ligado a Ossayn e Oxaguian
Jagun Igbonan, ligado a Ayrá,Oya e Obá
Jagun Algbá, ligado a Exú, Oxaguian, Oxalufan e Oxun Yeye Ayalá
Jagun Odé, ligado a Odé Inlé, Ogun Jáe todos os caçadores
Jagun Agbá funfun, ligado a Oxalufan, Iyemanjá e Oxun
Jagun Seji Onan ou Ajoji, ligado a Exu e Ogun
Suas folhas: Akoko, algodão, saiao fortuna. folha de obi, folhas de iroko , folhas oguegue e todos folhas de Oxalá…********
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..FALANDO SOBRE YEWÁ....