Um dia eu estava trocando idéias sobra as YÁ MI e um sacerdote da cultura de IFÁ de cuba falou coisas, que eu achei muito interessante e resolvi postar mais uma vez sobre as YÁ MI...pois conhecimento nunca é demais...não vou citar o nome dele pois ele não me deu permissão para isso, mas espero que meus leitores gostem!
Na liturgia tradicional Yorubá a que deu origem a Afro-Brasileira, a mãe Universal é denominada como a própria terra-negra, consequentemente possuindo vários nomes referentes as seus aspectos, não só dentro do âmbito natural como também dentro de vários âmbitos religiosos Yurubá. Um de seus títulos mais respeitados é o de IYAMI-OXORONGÁ, nome que é cultuada na Sociedade ‘Oxorongá’, já na sociedade Orixá é cultuada primordialmente junto com Orixalà-Obatalá”. Dizer que Iyami Oxorongá não é um Orixá, ou dizer que ela simplesmente não tem iniciação num culto próprio, é indiscutivelmente incorrer num enorme falta de conhecimento referente à Iyami-Oxorongá. O que é preciso distinguir sobre o nome OXONGÁ, que é nada mais nada menos, que uma Sociedade executora de rituais aos ancestrais, onde IYAMI encabeça como matriarca das IYA-MI (minha mãe), ou seja, tanto Orixá Obirin (fêmea) quanto os espíritos das mães remotas e recentemente desencarnadas (egun-gun feminino), cultuadas num complexo de ascensão á feminilidade, onde o homem principalmente tem seu precioso desempenho, administrando as força feminino, num outro tipo de interação dos opostos, agora, a força feminina somada a força física masculina, ato precioso para Iyami-Oxorongá, que abençoa os homens com fecundidade através de Orixá’nlá. Desta maneira os homens capacitados podem sim, administrarem pequenos rituais de Iyami-Oxorongá, até porque hoje, o fato dos homens não cultuá-la, foi devido a uma pequena deturpação que aconteceu na Bahia/Salvador, quando um séquito de mulheres praticava rituais à Geledés abstendo os homens á participarem de tais ritos. Era tanta força que elas tinham que o culto acabou se extinguindo completamente, fato que deu origem a uma irmandade de mulheres de crença católica, que para os yorubanos não tem coesão ao culto de GELEDÉS, o que na verdade é outro departamento em que Iyami-Oxorongá está inserida de forma complexa, distinta e comparada ao seu culto próprio. Iyami é uma poderosa força singular que atua naturalmente como uma matriarca, num tipo canalizadora do poder sobrenatural ou físico feminino, particularidade especial que cada uma, elas desempenham um tipo de função diferenciada, mas primeiramente como verdadeira fonte geradora de vidas, onde todas estão voltadas para a grande mãe que é o Orixá IYAMI, atuando como base estrutural da vida, que em natural oposição preside á morte, fato que comprova sua estreita relação com os egunguns. Sob título de OXORONGÁ ou IYEMONJÁ, é uma única grande mãe, que irrevogavelmente está relacionada a uma condição anfíbia, possivelmente cultuada tanto na água quanto na terra com nomes distintos, faz da grande mãe poderosa em seus vários aspectos rituais, quando acontecem suas transformações no âmbito religioso.Isso é comprovado no culto de egun-gun, onde Iyami é primordial proprietária do mel (elemento natural), cujo elemento é muito utilizado no culto a todos os egunguns (ancestral) principalmente Xangô, dá para perceber o verdadeiro motivo que nas rodas de Xangô se louva IYEMONJÁ-ÒDUA, não havendo veracidade no fato de Xangô ser de uma prole direta de Iyemonjá, e sim por que IYEMONJÁ é a mãe mística de todos os seres vivos, principalmente pela condição de Xangô ser um memorável e grande egun-gun desencarnado, o qual é cultuado aqui no Brasil equivocadamente como um Orixá, onde acabou sendo confundido com os próprios Orixás JAKUTA e AGANJU, nos quais Xangô foi iniciado individualmente quando vivo. Este é o verdadeiro fato que Iyami Oxorongá necessariamente, com o nome de Iyemonjá, é louvada nas rodas de Xangô, também inserido nos rituais do grande Egungun-Xangô, representante primordial do séquito ancestral Yurubá, fato este ignorado pela maioria dos adeptos.
0 comentários:
Postar um comentário